Platão, criador de mitos, segundo Luc Brisson

José Beluci-Caporalini                                                                REVISTA ACTA ACADÉMICA NÚM. 51 NOV. 2012

 

Resumo:

No que se segue, parte de uma pesquisa em andamento, apresentam-se as ideias fundamentais de Luc Brisson a respeito de Platão e o mito. Procura-se mostrar e examinar o seu procedimento teórico ao se analisar as suas teorias expostas, sobretudo em seu livro Platón, las palabras y los mitos. Sabe-se que os escritos platônicos apresentam vários aspectos a respeito do mito. Brisson, neste livro, procura mostrar a importância que o escritor grego a ele atribui em vários de seus diálogos. Ele chama a atenção sobre o fato de a palavra mito, mythos, ser tida com o significado de uma história fictícia, e que foi Platão o primeiro a usar o termo mythos neste sentido. Platão usou este termo para descrever a prática de elaborar e contar histórias, a saber, a transmissão oral que é mantida na memória de uma comunidade. Brisson, assim, na primeira parte do livro, reconstrói a descrição múltipla e vária que o filósofo de Atenas oferece de mythos à luz da antiga lenda da Atlântida. Na segunda parte do livro Brisson contrasta o sentido de mito, para Platão um discurso inverificável, com outra forma de discurso considerada superior pelo filósofo, ou seja, o lógos ou discurso verificável. Este tipo de resultado a que Brisson chega a sua pesquisa é apenas uma de muitas possibilidades. O autor deste artigo concorda com Brisson no essencial. Não obstante, crê que outras leituras  hermenêuticas, não exploradas por ele, são possíveis. Portanto, exames posteriores devem ser realizados, de outras obras e teorias, uma vez que esta é uma temática complexa, rica e interessante com consequências filosóficas fundamentais. A seguir demonstram-se os passos que Brisson percorre em sua análise meticulosa.

 

Resumen:

En lo que sigue, parte de una investigación que todavía continúa, se enseñan las ideas fundamentales de Luc Brisson sobre Platón y el mito. Se busca ilustrar y examinar su metodología y se analiza sus teorías expuestas, sobre todo, en su libro Platón, las palabras y los mitos. Se sabe que los escritos platónicos presentan varios aspectos al respecto del mito. Brisson, en este libro, busca enseñar la importancia que el escritor griego le atribuye al mito en varios de sus diálogos. Él llama la atención sobre el hecho de que la palabra mito, mythos, tenga el significado de una historia ficticia; y, además, que ha sido Platón el primero a emplear el término mythos en este sentido. Platón ha utilizado este término para describir la práctica de elaborar y narrar historias, esto es, la transmisión oral que se mantiene en la memoria de una comunidad. Brisson, de este modo, en la primera parte de su libro, reconstruye la descripción múltiple y variada que el filósofo de Atenas ofrece de mythos a la luz de la antigua leyenda de la Atlántida. En la segunda parte de su libro Brisson contrasta el sentido de mito, mythos, para Platón un discurso inverificable, con otra forma de discurso considerada superior por el filósofo, es decir, el lógos o discurso verificable. Este tipo de conclusión a la que llega Brisson en su investigación es apenas una de muchas posibilidades. El autor de este artículo concuerda con Brisson en lo esencial. Por lo tanto, exámenes posteriores deben ser realizados, de otras obras y teorías, una vez que esta es una temática compleja, rica e interesante con consecuencias filosóficas fundamentales. Se demuestran, en lo que sigue, los pasos que Brisson recorre en su meticuloso análisis.

 

Abstract:

In what follows, part of a still ongoing research, it is shown Luc Brisson´s essentials ideas about Plato and the myth. One tries to illustrate and examine Brisson´s methodology and analysis as they stand, above all in his book Platón, las palabras y los mitos. As it is well known, there are quite a lot of various aspects about myth in Plato´s writings. Brisson, in this book, tries to demonstrate the importance that the Greek writer ascribes to myth in so many of his dialogues. Brisson calls one´s attention to the fact that the word myth, mythos, do have the meaning of a fictitious story; and, still more, that Plato was the very first author to use the word mythos with such a meaning. Plato used it to describe the practice of making and telling stories, that is, the oral transmission that is kept in a community memory. Brisson, in such a way, in the first half of his book, recreates the multiple and various description that Athens´ philosopher offers about mythos having in mind the ancient story of Atlantis. In the second half of his book Brisson compares the meaning of mythos, for Plato an unverifiable speech, to another way of speech, which he believes to be superior, that is, lógos or verifiable speech. Such a kind of conclusion, to which Brisson comes to, in his research, is just one of many other possibilities which he delves not. The author of this article agrees with him in the essential. Therefore, further studies should be done; other works and different theories should be explored in depth. That must be so, once such a theme is so complex, though rich, interesting and full of essential philosophical consequences. In what follows it is shown the main steps followed by Brisson in his deep analysis.  

 

DESCARGAR ARTÍCULO PDF